The Brazilian Left in the 21st Century pp 139-158 | Cite as
Feminism and Democracy in Brazil
Abstract
This chapter discusses the contemporary features of feminist politics in Brazil, from the transition to democracy in the 1980s to the increase in feminist political participation in the 2000s. Consequently, it considers the agenda and the patterns of organization in the democratic cycle inaugurated in the 1980s, here analyzed, examining the prevailing traces in the decades of 1980s, 1990s, and 2000s. In the 1980s, when new legal frameworks and practices were possible after 20 years of dictatorship, the creation of a national council for women’s rights (Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, in 1985) and the agenda presented within the debates about the new Constitution (Carta das Mulheres aos Constituintes, published in 1987) allow for a comprehension of the feminist agenda and strategies during transition politics. In the 1990s, the ambivalent patterns of feminism, with the adoption of the gender agenda by international organizations, are considered, focused on Brazilian peculiarities. The 2000s are the period when women’s participation within the state increased, and feminism became more plural and widespread in Brazilian society. However, its second decade can be characterized by an intense reaction to the agenda of gender equality and to feminist movements as political actors, converging with the adoption of the neoliberal agenda after the deposition of President Dilma Rousseff in 2016.
Keywords
Feminist movements Women’s movements State Democracy BrazilReferences
- Abers, Rebecca Naeara, and Luciana Tatagiba. 2015. Institutional Activism: Mobilizing for Women’s Health from Inside the Brazilian Bureaucracy. In Social Movement Dynamics: New Perspectives on Theory and Research from Latin America, ed. Frederico Rossi and Marisa von Bülow, 73–101. London: Ashgate.Google Scholar
- Abers, Rebecca Naeara, Lizandra Serafim, and Luciana Tatagiba. 2014. Repertórios de Interação Estado-sociedade em um Estado Heterogêneo: A Experiência na Era Lula. Dados 57 (2): 325–357.CrossRefGoogle Scholar
- Almeida, Débora Rezende de. 2014. Pluralização da Representação Política e Legitimidade Democrática: Lições das Instituições Participativas no Brasil. Opinião Pública 20: 96–117.CrossRefGoogle Scholar
- Almeida, Ronaldo de. 2017. A Onda Quebrada: Evangélicos e Conservadorismo. Pagu 50. http://www.scielo.br/pdf/cpa/n50/1809-4449-cpa-18094449201700500001.pdf. Accessed 12 May 2018.
- Alvarez, Sonia E. 1990. Engendering Democracy in Brazil: Women’s Movement in Transition Politics. Princeton: Princeton University Press.Google Scholar
- ———. 2014. Para Além da Sociedade Civil: Reflexões sobre o Campo Feminista. Cadernos Pagu 43: 13–56.CrossRefGoogle Scholar
- Araújo, Clara. 2001. As Cotas por Sexo para a Competição Legislativa: O Caso Brasileiro em Comparação com Experiências Internacionais. Dados 44 (1): 155–194.CrossRefGoogle Scholar
- ———. 2005. Partidos Políticos e Gênero: Mediações nas Totas de Ingresso das Mulheres na Representação Politica. Revista de Sociologia e Política 24: 193–215.CrossRefGoogle Scholar
- Arretche, Marta. 2018. Democracia e Redução da Desigualdade Econômica no Brasil: A Inclusão dos Outsiders. Revista Brasileira de Ciências Sociais 33 (96): 1–26.CrossRefGoogle Scholar
- Arruzza, Cinzia. 2013. Dangerous Liaisons: The Marriages and Divorces of Marxism and Feminism. Pontypool: Merlin Press.Google Scholar
- Ballestrin, Luciana. 2017. Rumo à Teoria Pós-Democrática. Paper presented at the 41st Congress of the Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs), 23–27 October.Google Scholar
- Bandeira, Lourdes. 2009. Três Décadas de Resistência Feminista contra o Sexismo e a Violência Feminina no Brasil: 1976–2006. Sociedade e Estado 24 (2): 401–438.CrossRefGoogle Scholar
- ———. 2016. Que Vont Devenir les Actions du Secrétariat de Politique Pour les Femmes (SPM) au Brésil? Cahiers du Genre, hors-série vHS4: 243–246.CrossRefGoogle Scholar
- Bin, Daniel. 2015. Macroeconomic Policies and Economic Democracy in Neoliberal Brazil. Economia e Sociedade 24 (3): 513–539.CrossRefGoogle Scholar
- Biroli, Flávia. 2016. Divisão Sexual do Trabalho e Democracia. Dados – Revista de Ciências Sociais 59 (3): 719–781.Google Scholar
- ———. 2017. Political Violence Against Women in Brazil: Expressions and Definitions. Direito & Práxis 7 (15): 557–589.Google Scholar
- ———. 2018a. Gênero e Desigualdades: Limites da Democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo Editorial.Google Scholar
- ———. 2018b. Violence Against Women and Reactions to Gender Equality in Politics. Politics & Gender 14(4): 681–685.CrossRefGoogle Scholar
- Cowan, Benjamin Arthur. 2014. Nosso Terreno: Crise Moral, Política Evangélica e a Formação da ‘Nova Direita’ Brasileira. Varia Historia 30 (52): 101–125.CrossRefGoogle Scholar
- Dagnino, Evelina. 2004. Construção Democrática, Neoliberalismo e Participação: Os Dilemas da Confluência Perversa. Vol. 5, 139–164. Política & Sociedade.Google Scholar
- David, Grazielle. 2017. Por Que Revogar a Emenda Constitucional 95?. Instituto de Estudos Socioeconomicos (INESC), http://www.inesc.org.br/artigos/por-que-revogar-a-emenda-constitucional-95. Accessed 2 Apr 2018.
- Doimo, Ana Maria. 1995. A Vez e a Voz do Popular: Movimentos Sociais e Participação Política no Brasil Pós-70. Rio de Janeiro: Relume-Dumará/Anpocs.Google Scholar
- Falquet, Jules. 2011. Por las Buenas o por las Malas: Las Mujeres em la Globalización. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia/Pontificia Universidad Javeriana.Google Scholar
- Fraser, Nancy. 2013. Feminism, Capitalism, and the Cunning of History. In Fortunes of Feminism: From State-Managed Capitalism to Neoliberal Crisis, 209–226. New York/London: Verso.Google Scholar
- IPEA. 2014. Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça. Brasília: Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas.Google Scholar
- IPU. 2018. Women in National Parliaments. World and Regional Averages. Geneva: Inter-Parliamentary Union.Google Scholar
- Jinkings, Ivana, Kim Doria, and Murilo Cleto, eds. 2016. Por Que Gritamos Golpe? São Paulo: Boitempo Editorial.Google Scholar
- Lacerda, Marina Basso. 2018. Neoconservadorismo: Articulação Pró-Família, Punitivista e Neoliberal na Câmara dos Deputados. Doctoral Thesis, Instituto de Estudos e Pesquisas Sociais, Universidade Estadual do Rio de Janeiro.Google Scholar
- Luna, Naara. 2017. A Criminalização da “Ideologia de Gênero”: Uma Análise do Debate sobre Diversidade Sexual na Câmara dos Deputados em 2015”. Pagu 50. http://www.scielo.br/pdf/cpa/n50/1809-4449-cpa-18094449201700500018.pdf. Accessed 12 May 2018.
- Machado, Lia Zanotta. 2016. Feminismos Brasileiros na Relação com o Estado: contextos e incertezas. Revista Pagu 47: e16471.Google Scholar
- Machado, Maria das Dores Campos. 2018. O Discurso Cristão sobre a ‘Ideologia de Gênero’. Revista Estudos Feministas 26 (2): 1–18.CrossRefGoogle Scholar
- Matos, Marlise, and Sonia Alvarez, eds. 2018. O Feminismo Estatal Participativo Brasileiro. Porto Alegre: Editora Zouk.Google Scholar
- Matos, Marlise, and Clarisse Goulart Paradis. 2014. Desafios à Despatriarcalização do Estado Brasileiro. Cadernos Pagu 43: 57–118.CrossRefGoogle Scholar
- Miguel, Luis Felipe. 2008. Political Representation and Gender in Brazil: The Quotas for Women and their Impact. Bulletin of Latin American Research 27: 197–214.CrossRefGoogle Scholar
- Miguel, Luis Felipe, and Flávia Biroli. 2011. Caleidoscópio Convexo: Mulheres, Política e Mídia. São Paulo: Editora da Unesp.Google Scholar
- Nobre, Miriam, and Nalu Faria. 2003. Feminismo em Movimento: Temas e Processos Organizativos da Marcha Mundial das Mulheres no Fórum Social Mundial. Revista Estudos Feministas 11 (2): 623–632.CrossRefGoogle Scholar
- Osis, Maria José Martins Duarte. 1998. PAISM: Um Marco na Abordagem da Saúde Reprodutiva no Brasil. Cadernos de Saúde Pública 14 (Suplemento I): 25–32.CrossRefGoogle Scholar
- Pinto, Céli. 2003. Uma História do Feminismo no Brasil. São Paulo: Editora da Fundação Perseu Abramo.Google Scholar
- Pitanguy, Jacqueline. 2011. Mulheres, Constituinte e Constituição. In Redistribuição, Reconhecimento e Representação: Diálogos sobre Igualdade de Gênero, ed. Maria Aparecida Abreu, 17–46. Brasília: IPEA.Google Scholar
- Roland, Edna. 2009. Saúde Reprodutiva da População Negra no Brasil: entre Malthus e Gobineau. Geledés – Instituto da Mulher Negra. https://www.geledes.org.br/saude-reprodutiva-da-populacao-negra-no-brasil-entre-malthus-e-gobineau/. Accessed 15 May 2018.
- Rubim, Linda, and Fernanda Argolo, eds. 2018. O Golpe na Perspectiva de Gênero. Salvador: EDUFBA.Google Scholar
- Sader, Eder. 1995. Quando Novos Personagens Entram em Cena: Experiências, Falas e Lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo, 1970–80. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra.Google Scholar
- Saffioti, Heleieth. 2013. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular.Google Scholar
- Schoen, Johanna. 2005. Choice and Coertion: Birth Control, Sterilization, and Abortion in Public Health and Welfare. Chapel Hill: The University of North Carolina Press.Google Scholar
- Singer, André. 2012. Os Sentidos do Lulismo: Reforma gradual e Pacto Conservador. São Paulo: Companhia das Letras.Google Scholar
- ———. 2016. A (Falta de) Base Política para o Ensaio Desenvolvimentista. In As Contradições do Lulismo: A Que Ponto Chegamos? ed. André Singer and Isabel Loureiro, 21–54. São Paulo: Boitempo Editorial.Google Scholar
- Teles, Maria Amélia de Almeida. 2017. Breve História do Feminismo no Brasil e Outros Ensaios. São Paulo: Alameda.Google Scholar