Surviving in the Land of the Dead: Bantu Religion in the Brazilian Diaspora

Abstract

This paper seeks to identify elements of Bantu religion that, almost 500 years after the arrival of the first Bantu slaves, remain existent in Brazilian culture, especially in AfroBrazilian religions. For this purpose, I will analyze literature on the cosmology of Bantu peoples in Congo and Angola and compare the findings to Afro-Brazilian religious concepts that are known to be of Bantu origin. I then will apply the concepts of Brazilian Modernist Anthropophagy, Amerindian Perspectivism, and form as defined by Eduardo Kohn to try and understand the mechanisms of the survival of Bantu practices in Brazil, where they have been openly discarded and discriminated against for centuries. My goal is to show that the often described passivity and willingness to give up their ways in favor of syncretism and acculturation of Bantu slaves may have been a far more active survival strategy than one might think.

Resumo

Neste artigo procuro identificar elementos de religião banta que continuam existindo na cultura brasileira, especialmente nas religiões de matriz africana, quase 500 anos depois da chegada dos primeiros escravos bantos no Brasil. Para este fim tratarei de analisar a literatura sobre a cosmologia dos povos bantos no Congo e na Angola e compararei os resultados com conceitos religiosos afrobrasileiros conhecidos como de origem banta. Em seguida aplicarei os conceitos da antropofagia modernista brasileira, do perspectivismo ameríndio e da forma , na definição de Eduardo Kohn, para tentar entender os mecanismos da sobrevivência de práticas bantas no Brasil, onde elas tem sido descartadas e discriminadas por séculos. O meu objetivo é de mostrar que a passividade e a disposição para e entrega da própria maneira de ser em favor do sincretismo e da aculturação, do que os escravos bantos tanto foram acusados, possivelmente tenham sido uma estratégia de sobrevivência bem mais ativa do que aparecem.

Resumen

En este artigo busco identificar elementos de la religión de los pueblos de lengua bantú que siguen existiendo en la cultura brasileña, especialmente en las religiones de matriz africana, casi 500 años depués de la llegada de los primeros esclavos bantús en Brasil. Con este fin, trataré de analizar la literatura sobre la cosmología de los pueblos bantús en Congo y Angola y compararé los resultados con conceptos religiosos afro-brasileños descritos como de origen bantú. En seguida, aplicaré los conceptos de la antropofagía modernista brasileña, del perspectivismo ameríndio y de la forma , en la definición de Eduardo Kohn, para buscar entender los mecanismos de la sobrevivencia de prácticas bantús en Brasil, lugar donde han sido descartadas y discriminadas durante siglos. Mi meta es demonstrar que lo que tanto se habló de la pasividad de los esclavos bantús y de la entrega de su própio modo de ser en favor del sincretismo y de la aculturación posiblemente haya sido una estrategia de sobrevivencia bastante más activa de lo que aparecen.