Abstract
This chapter discusses the polemical issue of the permanence or not of “traditional peoples” – a classification that includes the various caboclo categories – living within protected areas. The author presents and discusses the problems posed by the attempt to define “traditional peoples” in Brazil. In the specific case of the Amazon, the Amerindian and caboclo populations are normally classified in this category because, on the one hand, their cultivation practices do not prevent the regenerative system of the humid tropical forest from working, and, on the other, because the impact caused by these groups’ economic activities does not exceed the impact caused by small scale natural disturbances. Barretto Filho vehemently questions such claims, recalling that a great part of the Amazonian Forest today can be seen as a vast “cultural forest”, to use a term introduced into ecological anthropology by William Balée at the end of the 1980s. As we declare these groups “traditional” we run the risk of rendering such people hostages to an a historical definition excluding them from social change.
This is a preview of subscription content, log in via an institution.
Buying options
Tax calculation will be finalised at checkout
Purchases are for personal use only
Learn about institutional subscriptionsPreview
Unable to display preview. Download preview PDF.
References
Adams, C. (2000a). Caiçaras na Mata Atlântica: pesquisa científica versus planejamento e gestão ambiental. São Paulo: Annablume/Fapesp.
Adams, C. (2000b). As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. Revista de Antropologia, 43, 145–82.
Allegretti, M. H. (1994). Reservas extrativistas: parâmetros para uma política de desenvolvimentos sustentável na Amazônia. In: R. Arnt (Ed.), O destino da floresta: reservas extrativistas e desenvolvimento sustentável na Amazônia (pp. 17–47). Rio de Janeiro/Curitiba: Relume Dumará/IEA/Fundação Conrad Adenauer.
Almeida, M. W. B. (1992). Desenvolvimento e responsibilidade dos antropólogos. In A. A. Arantes and G. G. Debert (Eds), Desenvolvimento e Direitos Humanos: a responsibilidade do antropólogo (pp. 111–122). Campinas: EdUnicamp.
Almeida, A. W. B. (1994). Universalização e localismo: movimentos sociais e crise dos padrões tradicionais de relação política na Amazônia. In: M. A. D’incao, & I. M. Silveira (Ed.). A Amazônia e a crise da modernização (pp. 521–537). Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi.
Amend, S., & Amend, T. (1992). Habitantes en los Parques Nacionales: una contradicción insoluble? In: S. Amend, & T. Amend (Eds.), Espacios sin habitantes? Parques Nacionales de América del Sur (pp. 457–472). Gland/Caracas: IUCN/Editorial Nueva Sociedad.
Arnt, R. (1994). O destino da floresta: reservas extrativistas e desenvolvimento sustentável na Amazônia. Rio de Janeiro/Curitiba: Relume Dumará/IEA/Fundação Conrad Adenauer.
Arruda, R. V. (1997). ‘Populações Tradicionais’ e a Proteção dos Recursos Naturais em Unidades de Conservação. In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, 1, Curitiba. Anais, (pp. 351–367, Vol. 1). Curitiba: IAP/Unilivre/Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação.
Arruti, J. M. A. (1995). A narrativa do fazimento, ou Por uma antropologia brasileira. Novos Estudos Cebrap, 43, 235–243.
Balée, W. (1989a). The culture of Amazonian forests. In: D. E. Posey, & W. Balée, (Eds.), Resource management in Amazonia: Indigenous and folk strategies. New York: New York Botanical Garden.
Balée, W. (1989b) Cultura na vegetação da Amazônia Brasileira. In: W. A. Neves, (Ed.). Biologia e ecologia humana na Amazônia: avaliação e perspectivas (pp. 95–109). Belém: MPEG.
Balée, W. (1992). People of the fallow: a historical ecology of foraging in lowland South America. In: K. Redford, & C. Padoch, (Eds.). Conservation of neotropic forests: working from traditional resource use (pp. 35–57). New York: Columbia University Press.
Barrett, C. B., & Arcese, P. (1995). Are integrated conservation development projects (ICDPs) sustainable? On the conservation of large mammals in Sub-Saharan Africa. World Development, 23,1073–1084.
Barretto Filho, H. T. (2001). Da nação ao planeta através da natureza: uma abordagem antropológica das unidades de conservação de proteção integral na Amazônia brasileira. 2 vols. Ph.D. thesis, University of São Paulo.
Barzetti, V. (1993). Parques y progresso: áreas protegidas y desarollo economico en America Latina. Washington: IUCN/BID.
Bastide R. (1979). Antropologia aplicada. São Paulo: Perspectiva.
Bourdieu, P. (1989). O poder simbólico. Lisboa/Rio de Janeiro: Difel/Bertrand Brasil.
Brandon, K., & Wells, M. (1992). Planning for people and parks: design dilemmas. World Development, 20, 557–570.
Brito, M. C. W. (2000). Unidades de conservação: intenções e resultados. São Paulo: Annablume/Fapesp.
Clad, J. (1984). Conservation and Indigenous peoples: a study of convergent interests. Cultural Survival Quarterly 8, 68–73.
Clay, J. (1985). Parks and people. Cultural Survival Quarterly, 9, 2–7.
Cleary, D. (2001). Towards an environmental history of the Amazon: fom prehistory to the nineteenth century. Latin America Research Review, 36, 65–96.
Comisión sobre Desarollo y Medio Ambiente en América Latina e Caribe/ONU (1992). Amazonia sin mitos, (pp. 65–74). Washington: Banco Interamericano de Desarollo/PNUD.
Copans, J. (1989). Antropologia: ciência das sociedades primitivas? Lisboa: Edições 70.
Cunha, M. M. C., & Almeida, M. (1999). Populações tradicionais e conservação. In: Seminário de Consulta ‘Biodiversidade Amazônia. Macapá. Subsídio ao GT Povos Indígenas e Populações Tradicionais.
Denevan, W. (1992a) The native population of the Americas in 1492. Madison: University of Wisconsin Press.
Denevan, W. (1992b). The pristine myth: the landscape of the Americas in 1492. Annals of the Association of American Geographers, 52, 369–385.
Diegues, A. C. (1996). O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec.
Drummond, J. A. (1991). A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos, 4, 177–197.
Escobar, A. (1991). Anthropology and the development encounter. American Ethnologist, 18, 658–682.
Esterci, N. (2001). Pescadores e ribeirinhos: questões acerca da organização e da representação. In: Amazônia: Diversidade Sociocultural e Políticas Ambientais. Rio de Janeiro: Comunicação pública.
Gómez-Pompa, A., & Kaus, A. (1992). Taming the wilderness myth. Bioscience, 42, 271–279.
Gómez-Pompa, A., Vázquez-Yanes, C., & Guevara, S. (1972). The tropical rain forest: a nonrenewable resource. Science, 177, 762–765.
Gray, A. (1992). Entre la integridad cultural y la asimilación: conservación de la biodiversidad y su impacto sobre los pueblos indígenas. IWGIA Documento 14, Copenhague.
Hoben, A. (1982). Anthropologists and development. Annual Review of Anthropology, 11, 349–375.
Huizer, G. (1993). Development anthropology in global perspective. Zeitschrift der Arbeitsgemeinschaft Entwicklungsethnologie e. V., Heft 1, 2. Jg: 66–82.
Hurrell, A. (1992). Brazil and the international politics of Amazonian deforestation. In: A. Hurrell, & B. Kinsgbury (Eds.) The international politics of the environment: actors, interests and institutions (p. 398–429). Oxford: Clarendon Press.
IUCN. (1984). Estratégia mundial para a conservação: a conservação dos recursos vivos para um desenvolvimento sustentado. São Paulo: CESP.
IUCN. (1992). Parks, protected areas and the human future. The Caracas Declaration. Caracas, (Mimeo).
IUCN; Pnuma; & WWF (1991). Cuidar do Planeta Terra: uma estratégia para o futuro da vida. São Paulo: UICN/Pnuma/WWF.
Kempf, E. (1993). The law of the mother: protecting indigenous peoples in protected areas, (pp. 3–11). San Francisco: Sierra Club Books.
Lima, A. C. S. (1995). Um grande cerco de paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis: Vozes.
Lima, D. M. (1997). Equidade, desenvolvimento sustentável e preservação da biodiversidade: algumas questões sobre a parceria ecológica na Amazônia. In: E. Castro, & F. Pinton (Eds.), Faces do trópico úmido: conceitos e questões sobre desenvolvimento e meio ambiente (pp. 285–314). Belém: Cejup.
Lima, D. M. (2001a). Políticas ambientais e populações humanas na Amazônia. In: Amazônia: diversidade sociocultural e políticas ambientais. Rio de Janeiro: Comunicação pública.
Lima, D. M. (2001b) Projeto de expansão e consolidação de unidades de conservação na região Amazônica (ARPA). Estratégia para o trato com as populações indígenas e populações tradicionais atingidas por sua execução (versão incompleta), (Mimeo).
Lima, D. M., & Pozzobon, J. (2001) Amazônia socioambiental: sustentabilidade ecológica e diversidade social. In: I. C. G. Vieira, J. M. C. Silva, D. Oren, & M. A. D’incao (Eds.), Diversidade biológica e cultural da Amazônia (pp. 195–251). Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi.
Lima, L. & Rola, A. (2001). Comunicação pública. In: Amazônia: diversidade sociocultural e políticas ambientais. Rio de Janeiro.
Little, P. (1994). Gestão social e sustentável do território. Brasília: IEA. (Mimeo).
Mackinnon, J., Mackinnon, K., Child, G., & Thorsell, J. (1990). Manejo de áreas protegidas en los trópicos. Gland: IUCN.
McNeelly, J. (1993). Afterword. People and protected areas: partners in prosperity. In: K. Kempf (Ed.), The Law of the Mother: protecting indigenous peoples in protected areas (pp. 249–257). San Francisco: Sierra Club Books.
Menezes, M. A. (1994). As reservas extrativistas como alternativa ao desmatamento na Amazônia. In: R. Arnt (Ed.), O destino da floresta: reservas extrativistas e desenvolvimento sustentável na Amazônia (pp. 49–72). Rio de Janeiro/Curitiba: Relume Dumará/IEA/Fundação Conrad Adenauer.
Miller, K. R. (1982). Planning national parks for ecodevelopment: cases and methods from Latin America. Ann Arbor: Center for Strategic Wildland Management Studies/The School of Natural Resources/University of Michigan.
Moore, D. (1995). Marxism, culture, and political ecology: environmental struggles in Zimbabwe’s Eastern Highlands. In: R. Peet, & M. Watts (Eds.). Liberation ecologies: environment, development, social movements (pp. 125–147). London: Routledge.
Moran, E. F. (1990). A ecologia humana das populações da Amazônia. Petrópolis: Vozes.
Murrieta, R. (1998). O dilema do papa-chibé: consumo alimentar, nutrição e práticas de intervenção na Ilha de Ituqui, Baixo Amazonas, Pará. Revista de Antropologia, 41, 97–150.
Nitsch, M. (1994). Riscos do planejamento regional na Amazônia brasileira: observações relativas à lógica complexa do zoneamento. In: M. A. D’incao, & I. M. Silveira (Ed.), A Amazônia e a crise da modernização (pp. 501–512). Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi.
Nugent, S. (1993). Amazon caboclo society: An essay in invisibility and peasant economy. Oxford: Berg.
Nugent, S. (1997). The co-ordinates of identity in Amazonia: at play in the fields of culture. Critique of Anthropology, 17, 33–51.
Oliveira Filho, J. P. (1988). ‘O Nosso Governo’: os Ticuna e o regime tutelar. São Paulo/Brasília: Marco Zero/MCT/CNPq.
Parker, E. (1985). The Amazon caboclo: historical and contemporary perspectives. Williamsburg: College of William and Mary.
Pietilä, H. (1990). Environment and sustainable development. IFDA Dossier, 77, 61–70.
Posey, D. (1987). Manejo da floresta secundária, capoeiras, campos e cerrados (Kayapó). In: B. Ribeiro (Ed.), Suma etnológica brasileira, (Vol. 1, B, pp. 173–184). Petrópolis: Vozes.
Posey, D., Frechione, J., Eddins, J., Silva, L. F., Myers, D., Case, D., & Macbeath, P. (1984). Ethnoecology as applied anthropology in Amazonian development. Human Organization, 43, 95–107.
Ribeiro, G. L. (1992). Ambientalismo e desenvolvimento sustentável: nova ideologia/utopia do desenvolvimento. Brasília: Depto. de Antropologia/UnB.
Roosevelt, A. C. (1994). Amazonian Indians: from prehistory to the present. Tucson: The University of Arizona Press.
Santos, S. H. (1991). Reflexões críticas sobre o Relatório Brundtland: as questões do ‘desenvolvimento sustentável’ e da ‘nova ordem econômica internacional’. Niterói: ICHF/UFF.
Schwartzman, S. (2000). Indians, environmentalists and tropical forests: the curious history of the ‘ecologically noble savage’. Washington, DC, (ms.).
Soulé, M. (1991). Conservation: tactics for a constant crisis. Science, 253, 744–750.
Stavenhagen, R. (1985). Etnodesenvolvimento: uma dimensão ignorada no pensamento desenvolvimentista. Anuário Antropológico, 84, 11–44.
Trainer, T. (1990). A rejection of the Brundtland Report. IFDA Dossier, 77, 71–84.
Uhl, C., Nepstad, D., Buschbacher, R., Clark, K., Kauffman, B., & Subler, S. (1989). Disturbance and regeneration in Amazonia: lessons for sustainable land-use. The Ecologist, 19, 235–240.
Vianna, L. P. (1996). Considerações críticas sobre a construção da idéia de população tradicional no contexto das unidades de conservação. MA thesis, University of São Paulo.
Viola, E. J. (1987). O movimento ecológico no Brasil (1974–1986): do ambientalismo à ecopolítica. RBCS, 1, 5–26.
Viola, E. J. (1988). The ecologist movement in Brazil (1974–1986): from environmentalism to ecopolitics. Journal of Urban and Regional Research, 12, 211–228.
Viola, E. J. (1992). O movimento ambientalista no Brasil (1971–1991): da denúncia e conscientização pública para a institucionalização e o desenvolvimento sustentável. In: M. Goldenberg (Ed.). Ecologia, ciência e política. Rio de Janeiro: Revan.
Viola, E. J. (1995) O ambientalismo multisetorial no Brasil: para além da Rio-92: o desafio de uma estratégia globalista viável. In: E. Viola (Ed.). Meio ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafios para as ciências sociais (pp. 134–160). São Paulo/Florianópolis: Cortez/Edufsc.
Viola, E. J., & Leis, H. R. (1995). A evolução das políticas ambientais no Brasil, 1971–1991: do bissetorialismo preservacionista para o multisetorialismo orientado para o desenvolvimento sustentável. In: D. J. Hogan, & P. F. Vieira (Eds.). Dilemas socioambientais e desenvolvimento sustentável (pp. 73–102). Campinas: EdUnicamp.
Viveiros de Castro, E. B. (1992). Sociedades indígenas e natureza na Amazônia. Tempo e Presença, 14, 25–26.
Viveiros de Castro, E. B. (1999). Etnologia brasileira. In: Miceli, S. (Ed.). O que ler na ciência social brasileira (1970–1995) (pp. 109–223). São Paulo/Brasília: Anpocs/Capes.
West, P. C., & Brechin, S. R. (1991). Resident peoples and national parks: social dilemmas and strategies in international conservation. Tucson: University of Arizona Press.
Worster, D. (1991). Para fazer história ambiental. Estudos Históricos, 4, 198–215.
Author information
Authors and Affiliations
Corresponding author
Editor information
Editors and Affiliations
Rights and permissions
Copyright information
© 2009 Springer Science+Business Media B.V.
About this chapter
Cite this chapter
Filho, H.B. (2009). Traditional Peoples: Introduction to the Political Ecology Critique of a Notion. In: Adams, C., Murrieta, R., Neves, W., Harris, M. (eds) Amazon Peasant Societies in a Changing Environment. Springer, Dordrecht. https://doi.org/10.1007/978-1-4020-9283-1_6
Download citation
DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4020-9283-1_6
Publisher Name: Springer, Dordrecht
Print ISBN: 978-1-4020-9282-4
Online ISBN: 978-1-4020-9283-1
eBook Packages: Humanities, Social Sciences and LawSocial Sciences (R0)